5.10. USO DE LEVEDURAS AUTÓCTONES
1. PRÁTICA HABITUAL UTILIZADA
Em geral existe um grande desconhecimento no que se refere à microbiologia enólica. Por um lado, é frequente a utilização de “pés-de-cuba” com as leveduras autóctones, mas é necessário considerar que nestas culturas também podem estar incluídas leveduras e bactérias prejudiciais para a qualidade do vinho.
Por outro lado, também é frequente o uso de leveduras provenientes de outras regiões vinícolas liofilizadas e comercializadas, com o que se vai perdendo um património microbiológico e, em certa medida, padronizando a produção, além de que essas leveduras podem estar não adaptadas às nossas condições climáticas.
2. DESCRIÇÃO TÉCNICA DA BOA PRÁTICA
Trata-se de proporcionar culturas de leveduras autóctones aos enólogos, para inocularem os seus mostos com elas.
Requisitos para a implementação
- É necessário efetuar trabalhos prévios por parte de enólogos e microbiólogos de caracterização e seleção de leveduras. Uma vez selecionadas as leveduras, proceder-se-ia à liofilização e embalamento das mesmas e à sua distribuição nas adegas.
Vantagens
- Obtenção de vinhos de maior tipicidade regional.
- Eliminação, em parte, da diferenciação das safras.
- Elaborações mais seguras e sem problemas de paragens de fermentação e outros problemas implícitos a elaborações levadas a cabo com leveduras forâneas.
- Uma vez selecionadas as leveduras, não é necessário nenhum investimento inicial por parte das adegas para a sua utilização.
Inconvenientes
- A implantação implica um estudo inicial.
3. BENCHMARKING (vantagens comparativas)
Vantagens comparativas económicas
- Possibilidade de vinhos mais diferenciados do resto das zonas vitícolas, o que pressupõe uma comercialização mais fácil e uma maior valorização do produto.
Vantagens comparativas sociais
- Maior valor acrescentado, maior valorização do produto. Mais ganhos, mais emprego.